Doclisboa 2007 – Extensão de Aveiro
V Festival Internacional de Cinema Documental
Local: Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro
(21/22/23 de Maio)
Entrada Gratuita
Programa
Dia 21 de Maio
22h
“& etc” (25min.PT.2007) de Cláudia Clemente
PRÉMIO TOBIS para melhor filme português curta-metragem
Fundada em 1973, a"& etc" é uma pequena editora que se rege por parâmetros únicos: não tem fins lucrativos, não publica obras comerciais e aposta em autores desconhecidos. Tornou-se ao longo dos anos uma referência no panorama nacional, conhecida tanto pelo lado plástico/estético dos seus livros quadrados, como pela singularidade dos autores que publica, entre os quais João César Monteiro, Adília Lopes ou Alberto Pimenta. Dois responsáveis desta editora, Vitor Silva Tavares e Rui Caeiro, recordam neste filme alguns episódios passados ao longo das três décadas de aventuras literárias.
“A Casa do Barqueiro” (63min.PT.2007) de Jorge Murteira
PRÉMIO SONY para melhor primeira obra portuguesa
PRÉMIO IPJ ESCOLAS para melhor filme português
PRÉMIO IPJ ESCOLAS para melhor filme português
Paulino faz da barraca sobre o rio a sua casa improvisada. Ali guarda de tudo um pouco, cozinha, faz a barba e prepara o bigode, recolhe quando a chuva, o frio ou o vento apertam. Pede e resmunga uma nova casa em condições. Entre as margens do Tejo é ele quem assegura a ligação. O filme acompanha o último barqueiro da Amieira do Tejo durante quatro estações. No Inverno e no Outono, perto da fogueira sobre o vale do rio, num compasso de espera alterado pela passagem dos comboios que raramente trazem fregueses. Na Primavera e no Verão, na mesa de sulipas, solitário, na partilha de um copo ou petisco com quem por ali se cruze. Até que um passageiro desça do comboio ou se apresente na margem para o apanhar. Agora já não há barqueiro e a nova casa continua por estrear. Não há mais barcagens para ninguém.
Dia 22
22h
“The Mall” (12min.Israel.2006) de Yonatan Ben Efrat
"The Mall" mostra-nos centenas de trabalhadores palestinianos ilegais vivendo seis pisos abaixo da superfície nas fundações de um centro comercial inacabado e abandonado nos arredores de Tel Aviv. Não têm electricidade, nem água, nem casas de banho. O ar é nauseabundo. De dia procuram trabalho no "mercado de escravos", perto dali. Aqueles seis pisos infernais permitem-lhes viverem invisíveis em Israel.
“The First Day” (20min.Polónia.2007) de Marcin Sauter
PRÉMIO JOHNNIE WALKER para melhor curta-metragem
De uma beleza de cores e paisagens impressionante, "The First Day" é uma história sobre um dos momentos mais importantes na vida de qualquer pessoa, o primeiro dia de aulas. Neste caso trata-se de um internato onde um conjunto de crianças da tundra, habitadas a viver em tendas, entre animais e pescarias, descobrem que fazem parte de uma outra grande nação, multinacional, a Rússia, que tem um hino que aprendem a cantar e um grande presidente, Putin.
“These Girls” (66min.Egipto.2006) de Tahani Tached
GRANDE PRÉMIO CIDADE DE LISBOA para melhor longa-metragem
Estreado no festival de Cannes 2006
"These Girls" leva-nos até ao universo das raparigas adolescentes que vivem nas ruas do Cairo. Estas mulheres, crianças ou mães - e por vezes tudo isso ao mesmo tempo - desafiam diariamente os mais variados perigos e preconceitos sociais. As ruas e os jardins onde dormem são um universo de violência, medo e liberdade. As protagonistas expõem as suas emoções e surpreendem-nos tanto pela força de carácter, como pelo sentido de humor. Têm sempre de se proteger dos rapazes que também vivem na rua, dos homens, da polícia, da família, das instituições e ganham pouco o nosso respeito. Apesar de se saberem marginalizadas, tentam viver cada dia como uma festa.
Dia 23
22h
“Santiago” (80min.Brasil.2007) de João Moreira Salles
( ***** ) IMDb
"Santiago" é um filme sem igual. Poderia ser um documentário sobre um filme falhado. Santiago era o mordomo argentino da luxuosa mansão onde o realizador cresceu no Rio de Janeiro. Em 1992, João Moreira Salles tentou fazer um primeiro filme sobre Santiago, mas não conseguiu. A sua relação com o antigo mordomo ainda estava presa ao passado e, durante toda a rodagem, Salles não parou de dar ordens e instruções a Santiago sobre como ele deveria comportar-se em frente da câmara. Anos depois, Salles regressa ao material rodado e tenta fazer um filme sobre a identidade, a memória e a própria natureza do documentário. Mas acaba também por construir uma homenagem (em forma de penitência) ao falecido mordomo, figura tutelar da sua infância, transformando a obra no mais curioso dos auto-retratos.
23.30h
MÚSICA COM BANGBANG DJ_SET E BAR (FESTA DE ENCERRAMENTO)
Colaboração: HIDRA – Associação Cultural de Aveiro
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